7.3.08

Gloomy days

Realmente, a Gloomy Sunday na voz da Björk é extremamente linda e triste ao mesmo tempo:

Sunday is gloomy, the hours are slumberless
Dearest of shadows i live with are numberless
little white flowers will never awaken you
not where the dark coach of sorrow has taken you
angels have no thought of ever returinng you
would they be angry if I thought of joining you?

Gloomy Sunday

Gloomy sunday, with shadows I spend it all
My heart and I have decided to end it all
Soon there'll be prayers and candels will be lit, I know
Let them not weap, let them know,that I'm glad to go

Death is a dream, for in death im caressing you
With the last breath of my soul, i'll be blessing you

Gloomy Sunday

Dreaming
I was only dreaming
I awake and I find you asleep and deep in my arms
Dear...
Darling, I hope that my dream hasnt haunted you
My heart is telling you how much I wanted you

Gloomy Sunday
its absolutely gloomy sunday
Gloomy Sunday
Sunday










às vezes me sinto assim. triste. e que parece que não terá mais nada que valha a pena. mas "a estrada vai além do que se vê", e é preciso força, muita força pra sonhar e perceber isso.
A música faz parte de todos os momentos da minha vida. Ainda bem, senão não saberia como reagir a certas pedras que aparecem em nossos caminhos.

1.2.08

Todo carnaval tem seu fim

Ainda bem.
Só curto o carnaval porque é feriado. E o Brasil inteiro pára, aí é bom para reencontrar os amigos.
Não curto essas festas. Não curto axé, nem esse sambinha ruim. Se o samba fosse bom, poderia até ser que gostasse um pouco mais.
Todo carnaval tem seu fim. E é o fim. É o fim.

28.1.08

pequeños sueños

A vida é feita dos pequenos prazeres.
Andar pelas ruas.
Acordar com o céu cinza.
Ver o amor da sua vida.
Esse não é um sonhozinho.
Não sei se é sonho.
Ou apenas uma utopia.
Quero desistir. Não vou nem mais tentar te achar. Na verdade já achei, mas sei que não vai dar em nada. Nunca. Preciso esquecer. Preciso desistir. Mas a cada dia que passa, sei que você é o único. Meu único sonho, que parece não se concretizar.
É como ter e nunca ter. É quase um amor platônico. Porque não um platônico? É tão romântico e lindo. Viver com essa dor. Dor ou apenas me acostumei com essa coisa? Esse não ter nada e ao mesmo tempo não ter um vazio.

24.1.08

um pouco de mim

é ridículo dizer quem sou, se ao menos eu soubesse...
só sei que estou aproveitando a minha vida. Parece que não, mas estou. Do meu modo. Gosto de muita coisa, porém... não gosto de muita também. Pode-se dizer que não gosto de coisas convencionais. Quero ter um carro amarelo, gosto de usar roupa preta, mas ao mesmo tempo adoro verde, rosa, laranja e amarelo. Quando estou triste, adoro ouvir músicas alegres. Quando estou emanando alegria, adoro ouvir uma música extremamente triste. Até gritada, de dor.
Ouço muita música. Depende do meu humor pra saber o que quero sentir. Parece aleatório, mas muito pelo contrário. É algo que sinto quando ouço certa coisa que preciso ouvir na hora. É como tivesse uma trilha sonora para cada momento da minha vida. É estranho. E é um vício. Se não escuto, começo a cantar. Não importa onde eu esteja.
Amo arte. De todas as instâncias. Adoro descobrir coisas novas. Adoro visitar exposições. Quero aprender a grafitar. Quero fazer um curso de artes plásticas.
Adoro estudar. Sim, não estou mentindo. Curto muito ler livro. Prefiro ler um livro à ir à praia.
Adoro trabalhar. Criar, e ficar na frente do computador são atividades que estão em meu ser. Quero não parar, não consigo ficar parada. Minha mente não pára. E é meio fértil. Digo coisas que às vezes nem acredito.
Adoro filmes, principalmente aqueles em que a narrativa não é em ordem cronológica. Não gosto dos previsíveis. O bonzinho ganha, o mocinho fica com a mocinha no final. Isso me irrita. Também me irrita músicas ruins. E me irrita barulhos, como o da barra de espaço do teclado. E são os simples prazeres da vida que me faz sentir que viver realmente vale a pena. Uma boa música, amigos, boas risadas... enfim, tudo em que há amor... e tudo o que podemos sentir.

23.1.08

Sampa...

de Caetano Veloso

Alguma coisa acontece
No meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga
E a Avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui
Eu nada entendi
Da dura poesia concreta
De tuas esquinas
Da deselegância discreta
De tuas meninas...

Ainda não havia
Para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece
No meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga
E a Avenida São João...

Quando eu te encarei
Frente a frente
Não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi
De mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio
O que não é espelho
E a mente apavora o que ainda
Não é mesmo velho
Nada do que não era antes
Quando não somos mutantes...

E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho
Feliz de cidade
Aprende depressa
A chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso
Do avesso do avesso...

Do povo oprimido nas filas
Nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue
E destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe
Apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas
De campos e espaços
Tuas oficinas de florestas
Teus deuses da chuva...

Panaméricas
De Áfricas utópicas
Túmulo do samba
Mais possível novo
Quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam
Na tua garoa
E novos baianos te podem
Curtir numa boa...







Ainda hoje essa música é atual. Como se diz, clássico é clássico. Não faz muito tempo que parei para pensar e analisar essa obra-prima.
Sampa é assim... e ainda a dura poesia concreta me fascina. Tento até fazer, mas é com grande frustração. E sim, acontece, alguma coisa no meu coração, Sampa é sonho, quiçá uma realidade, viver por entre suas entranhas, suas ruas, conhecer seus transeuntes, enfim, me envolver. É lindo, nem mesmo perderia meu tempo procurando espelhos, para me encontrar... depressa viverei, já que é assim que mais quero, debaixo de sua garoa, na cidade cinza.

back in orange!

Depois de alguns meses com esse blog desativado, resolvi voltar à ativa. Continuo com a mesma proposta, a de falar sobre qualquer coisa, principalmente música, arte, design, cinema, acontecimentos cotidianos como se estivesse num bar com os amigos. Nada é formal. Nada faz sentido algum. Ou não.
Escrevo o que me agrada. Ou não. Aqui escrevo sobre a vida real. No outro blog, o desanuviar no meu horizonte distante [odesanuviar.blogspot.com] falo sobre devaneios, introspecções, etc, numa forma poética [ou não].
O propósito desse blog? nenhum. O conceito está aí em cima. Pra que serve essa merda então, você [se é que existe um você na frente do computador] deve estar pensando - não serve pra nada... só para algo que o ser humano precisa: se comunicar. Desabafar, escrever, falar, colocar pra fora... é a necessidade. E também a vontade de fazer algo. Escrever, algo que eu preciso.
Por que back in orange? o blog é laranjinha agora. dãããã. não é só isso. Antes era preto, algo soturno, não é mesmo?? E quem liga pra isso. Adoro preto, prestei atenção no que tava fazendo... todo blog e fotolog meu no momento é preto... resolvi mudar. e pronto. tá laranja. Mas porque a porra do laranja??? Não é só porque gosto. É uma cor alegre, sim, e daí? Também é uma influência do filme Laranja Mecânica. ou Laranja MACmecânica [piada interna, que se eu explicasse o porque iria ferir a imagem de uma pessoa. e isso é antiético, ou seria anti-ético, ou anti ético? melhor, não seria ético]. Sim, eu admiro aquele filme. As cores, a violência, a sociedade. o psicodelismo, a música. Sim, a música... é perfeita. A fotografia... bom, acho melhor deixar para um post só do Clockwork Orange. Ah, também... curto AC/DC, por isso uma, digamos que quase paródia, com Back in Black. Meu... que idiota! quase paródia... que burra... você deve pensar... mas, eu não ligo... falo o que quero, ouço o que não quero! o que quero? provocar, instigar, passar despercebida também.
O que sou? Essa metamorfose ambulante. Sou o A e o Z. Sou tudo e não sou nada. Quero ser tudo, todas as coisas do mundo, pra saber quem sou...